Ocupação da Uerj: Justiça autoriza uso da força policial e multa
Decisão foi tomada após mais de um mês de ocupação do campus da universidade
A Justiça do Rio de Janeiro autorizou o uso da força policial para desocupar o campus da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), que está ocupado por estudantes há mais de um mês. A decisão também prevê a aplicação de multa diária de R$ 100 mil aos ocupantes.
A reintegração de posse foi solicitada pela Procuradoria-Geral do Estado (PGE), que alegou que a ocupação está impedindo o funcionamento da universidade e prejudicando os alunos que não aderiram ao movimento.
Na decisão, o juiz Marcelo Nobre Cunha indeferiu o pedido de liminar dos ocupantes para suspender a reintegração de posse. O magistrado afirmou que a ocupação está causando "graves prejuízos" à Uerj e que os estudantes não apresentaram "argumentos consistentes" para justificar a continuidade do movimento.
A decisão judicial foi recebida com críticas pelos estudantes ocupantes, que acusam o governo de usar a força para reprimir o movimento. Os estudantes alegam que a ocupação é uma forma de protestar contra os cortes no orçamento da educação e contra a reforma da Previdência.
A Uerj está ocupada desde o dia 12 de maio. Os estudantes reivindicam o aumento do orçamento da universidade, a retirada da reforma da Previdência e a revogação da lei que permite a terceirização da mão de obra.
O governo do estado afirma que não tem recursos para atender às demandas dos estudantes e que a reforma da Previdência é necessária para garantir a sustentabilidade do sistema.
A ocupação da Uerj é mais uma manifestação do descontentamento dos estudantes brasileiros com os cortes no orçamento da educação e com as reformas do governo Bolsonaro.
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